domingo, 6 de abril de 2014

O que fazer após a descoberta da discriminação pela pesquisa do IPEA

Como podemos mudar a imagem da mulher que é veiculada pela mídia? Temos que mudar o que a mídia institucionaliza:a total desvalorização da mulher, a exposição da mulher como objeto de consumo. Ela não vê que é fonte de violência contra a mulher! As peças publicitárias associam a imagem da mulher a tudo que é desejado,consumido, inclusive a própria mulher. A mídia, faz questão de desvalorizar a mulher para que ela não ocupe os espaços de poder, será isso?. A TV entra em nossas casas sem pedir licença, forma conceitos, diz como devemos nos vestir,transmite valores aos nossos filhos, o modo de vida visto na TV será replicado nas famílias. Ela é uma força relevante em nossa sociedade, temos mais TVs que geladeiras. A partir do enfoque das telenovelas, dos comerciais, da programação veiculada na TV são reproduzidos o papel da mulher, como um ser inferior, esta realidade é transmitida sem questionamento, este é o papel da mídia, junto com a escola e a igreja. Para as mulheres a realidade é que "A TV a gente não se Vê por aqui". A publicidade é considerada como o "Partido Único da Mídia Machista", dado o seu alcance junto a população. As mulheres sempre aparecem em partes, bunda e peito, muitas vezes não importa o rosto que tenha, ele nem aparece! A mídia machista, nos coloca sempre na mesma posição,e ocupamos determinados espaços na casa, na cozinha preferencialmente! Assim sendo,a mulher é apresentada como um ser não pensante, representamos apenas 21% das fontes qualificadas, já os homens 79%,não temos voz e isso quer dizer que o discurso machista é perpetuado, e a TV é um meio importante de propagação desses ideais. Exigir uma mudança, um controle social sob os meios de comunicação, sobre a publicidade, regras, um acompanhamento,e só assim mudar a situação de violência contra a mulher. A mídia é um instrumento desse sistema, a medida que legitima todo esse sistema preconceituoso. As professoras e professores precisam abordar essa temática, por uma sociedade mais justa, o que levará a um olhar crítico sobre o respeito aos direitos humanos, e a constituição federal, onde homens e mulheres deveriam ter os mesmos direitos e são iguais. As novas tecnologias nas várias plataformas de divulgação e acesso a informação e comunicação são instrumentos de legitimação desses ideais estereotipados que agridem a mulher em sua imagem, e incitam a discriminação e a violência, mas podem ser também veículo de divulgação de ideais de igualdade para uma sociedade igualitária e livre.

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