domingo, 9 de dezembro de 2012

CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE O CLIMA

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121208_clima_final_analise_rw.shtml
A conferência da ONU sobre o clima em Doha, no Catar, chegou ao seu final neste sábado com uma mudança histórica em princípio, mas poucos avanços genuínos em cortes de emissões de gases do efeito estufa.
A conferência estava prevista inicialmente para terminar na sexta-feira, mas foi prorrogada por falta de consenso.
As negociações de última hora tiveram sua dose de drama, com uma ameaça de colapso com a insistência da Rússia, da Ucrânia e de Belarus de que deveriam receber um crédito extra pelos cortes de emissões ocorridos quando suas indústrias fecharam.
Após um longo atraso, o presidente da conferência perdeu a paciência, reiniciou as reuniões e passou a agenda tão rapidamente que não houve chance d a Rússia fazer objeções. A ação foi recebida com um longo aplauso.
A Reunião da ONU sobre mudanças climáticas foi atrasada por impasse sobre compensações
A Rússia reclamou de uma suposta ilegalidade de procedimentos, mas o presidente afirmou que não faria mais do que refletir a visão russa em seu relatório final.
O acordo, apoiado por quase 200 países, mantém o protocolo vivo como o único plano legal obrigatório para o combate ao aquecimento global.
Porém ele determina metas obrigatórias apenas para as nações em desenvolvimento, cuja parcela de responsabilidade pela emissão de gases do efeito estufa é de menos de 15%.
O texto final "sugere" que as nações ricas mobilizem pelo menos US$ 10 bilhões ao ano entre 2015 e 2020, quando o novo acordo global para o clima deve entrar em vigor, para compensações pelos efeitos das mudanças climáticas.
Além de conseguir um acordo para estender o Protocolo de Kyoto até 2020, a conferência estabeleceu pela primeira vez que as nações ricas devem começar a compensar as nações pobres por perdas em consequência das mudanças climáticas.
O novo mecanismo proposto de Perdas e Danos, para compensar as nações em desenvolvimento, é considerado um exemplo de sucesso no processo diplomático.
Até agora as nações ricas aceitavam ajudar financeiramente países em desenvolvimento a adotar projetos de energia limpa para combater as mudanças climáticas, mas não aceitavam responsabilidade pelos danos causados em outros lugares pelas mudanças climáticas. Em Doha esse princípio mais amplo foi aprovado.
Os grandes emissores como os Estados Unidos, a União Européia e a China aceitaram o acordo com graus variados de reservas. Mas o representante das pequenas ilhas gravemente ameaçadas pelas mudanças climáticas foi feroz em suas críticas.
"Vemos o pacote diante de nós profundamente deficiente na mitigação (cortes de emissões) e no financiamento. É provável que vá nos manter na trajetória de aumento de 3, 4 ou 5 graus nas temperaturas globais, apesar de termos concordado em manter um aumento de temperatura de no máximo 1,5 grau para garantir a sobrevivência de todas as ilhas", afirmou.
Os Estados-ilha aceitaram o acordo porque para eles é melhor do que nada.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação

BBC BRASIL
O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores.
A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), 
pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos 
a vários países.
Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong
Em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.
Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados. 
Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de 
educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, 
país do sudeste asiático que figura na última posição.
Os resultados foram compilados a partir de notas de testes efetuados por estudantes
 desses países entre 2006 e 2010. Além disso, critérios como a quantidade de alunos 
que ingressam na universidade também foram empregados.
Para Michael Barber, consultor-chefe da Pearson, as nações que figuram
 no topo da lista valorizam seus professores e colocam em prática uma c
ultura de boa educação.
Ele diz que no passado muitos países temiam os rankings internacionais
 de comparação e que alguns líderes se preocupavam mais com o impacto negativo das pesquisas na mídia, deixando de lado a oportunidade de introduzir novas políticas a partir dos resultados.
Dez anos atrás, no entanto, quando pesquisas do tipo começaram a ser divulgadas sistematicamente, esta cultura mudou, avalia Barber.
"A Alemanha, por exemplo, se viu muito mais abaixo nos primeiros rankings Pisa [sistema de avaliação europeu] do que esperava. O resultado foi um profundo debate nacional sobre o sistema educacional, sérias análises das falhas e aí políticas novas em resposta aos desafios que foram identificados. Uma década depois, o progresso da Alemanha rumo ao topo dos rankings é visível para todos".
No ranking da EIU-Person, por exemplo, os alemães figuram em 15º lugar. Em comparação, a Grã-Bretanha fica em 6º, seguida da Holanda, Nova Zelândia, Suíça, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Polônia.

Cultura e impactos econômicos

Tidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.
Alemanha, Estados Unidso e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.
O ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.
Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de "Curva do Aprendizado".
Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.
Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.
Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.
Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um "valor moral" concedido à educação muito parecido.
O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.

Ranking Pearson-EIU


  1. Finlândia
  2. Coreia do Sul
  3. Hong Kong
  4. Japão
  5. Cingapura
  6. Grã-Bretanha
  7. Holanda
  8. Nova Zelândia
  9. Suíça
  10. Canadá
  11. Irlanda
  12. Dinamarca
  13. Austrália
  14. Polônia
  15. Alemanha
  16. Bélgica
  17. Estados Unidos
  18. Hungria
  19. Eslováquia
  20. Rússia
  21. Suécia
  22. República Tcheca
  23. Áustria
  24. Itália
  25. França
  26. Noruega
  27. Portugal
  28. Espanha
  29. Israel
  30. Bulgária
  31. Grécia
  32. Romênia
  33. Chile
  34. Turquia
  35. Argentina
  36. Colômbia
  37. Tailândia
  38. México
  39. Brasil
  40. Indonésia


Reciclagem de plásticos para gerar renda e cidadania

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2012/11/30/internas_economia,410402/reciclagem-de-plasticos-para-gerar-renda-e-cidadania.shtml
Segundo pesquisa do Plastivida, o Brasil recicla 21,7% de todo o plástico que é descartado pós-consumo. Atividade garante faturamento de R$ 2,4 bilhões/ano.

Publicação: 30/11/2012 06:00 Atualização: 29/11/2012 23:31
Em Pernambuco, a Frompet é pioneira na reciclagem de embalagens PET. Um trabalho que iniciou em 2010 e hoje responde pelo reaproveitamento de 1,5 mil toneladas/mês (Alcione Ferreira DPD.A Press)
Em Pernambuco, a Frompet é pioneira na reciclagem de embalagens PET. Um trabalho que iniciou em 2010 e hoje responde pelo reaproveitamento de 1,5 mil toneladas/mês
A reciclagem de plásticos pós-consumo desponta como uma atividade lucrativa que gera emprego e renda no país. Pesquisa da Maxiquim encomendada pelo Plastivida Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos mostra o crescimento do setor. O número de empresas que reciclam plásticos passou de 493 para 815 entre 2003 e 2011. Como o reaproveitamento de 736.437 toneladas de plástico que voltam para a indústria, elas faturam R$ 2,4 bilhões por ano. A atividade emprega 22,7 mil trabalhadores no Brasil (leia mais na edição impressa do Diario desta sexta-feira).  

A reciclagem de plásticos movimenta uma cadeia produtiva que inicia no catador de lixo, passa pelas cooperativas e associações, chega às mãos dos atravessadores e fornecedores, e, por fim, o produto é comprado pelas empresas recicladoras. Lá o processo mecânico de reciclagem transforma o plástico pós-consumo e pós-industrial em grânulos, que podem ser reutilizados na fabricação de outros produtos.

Em Pernambuco, a Frompet é pioneira na reciclagem de embalagens PET. Um trabalho de “formiguinha” que iniciou em 2010 com os catadores de embalagens nos arredores da empresa, localizada em Jaboatão dos Guararapes. Hoje é abastecida por fornecedores de todo o Nordeste. São 1,5 mil toneladas de garrafas de PET recicladas por mês que se transformam em grãos (1 mil toneladas) e em flakes (1,3 mil toneladas). Flakes são flocos de vasilhames de PET.

Adriana Maria dos Santos Silva, 40 anos, deixou a escola após ser alfabetizada. Ela passou 15 anos no lixão da Muribeca catando lixo de dia e de noite para criar os seis filhos. Hoje, está na linha de produção da Frompet. “A vida no lixão era difícil, eu não tinha perspectiva. O pior é o preconceito da sociedade, que acha que catador é um urubu.” Agora, Adriana é só alegria:  “Eu chego nas lojas, mostro o meu contracheque e posso comprar. Já mudei de fogão, de televisão e estou terminando de construir a minha casinha”, orgulha-se.

O Brasil recicla 21,7% de todo o plástico pós-consumo. No mundo, a campeã de reciclagem é a Suécia (35%), seguido dos alemães, que retiram 33% dos plásticos do mercado consumidor para serem reciclados. “O principal gargalo é a falta de sistemas coletores. Apenas 8% dos municípios brasileiros fazem a coleta seletiva de lixo. Na Europa, todas as cidades têm esse sistema”, comenta Sílvia Rolim, assessora técnica do Plastivida.

Confira em números os desafios mundiais do combate à Aids

DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS
http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2011/12/111130_data_vis_aids_dg.shtml
A ONU tem a ambiciosa meta de erradicar novas contaminações de HIV no mundo.
Ilustração

No entanto, a África Subsaariana, onde está a maioria dos infectados, enfrenta problemas cada vez mais graves para conseguir doações internacionais e combater a Aids.
Este sábado é o dia mundial de combate à Aids.
Confira no vídeo a revolução que foi o uso de medicamentos antirretrovirais na última década e alguns dos desafios para se erradicar a doença no mundo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Pedagogia de Projetos: sonhos a realizar..

Agradeço muitíssimo a amiga Hélia o envio deste vídeo sobre projetos, ele descreve maravilhosamente o que na realidade a pedagogia de projeto significa. Gostaria que muitos professores que têm interesse em fazer o curso do E-PROINFO: Elaboração de Projetos acessassem.

domingo, 23 de setembro de 2012

A PRIMAVERA CHEGOU NO HEMISFÉRIO SUL

No Hemisfério Sul, setembro marca a época da renovação, com a chegada do ápice da primavera. EQUINÓCIO DE PRIMAVERA.
No Hemisfério Norte, a chegada do outono. EQUINÓCIO DE OUTONO.


 O Equinócio é o fenômeno onde a duração do dia é idêntica à da noite e os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz, o equinócio – do Latim, aequus (igual) +nox (noite) = noites iguais – só ocorre durante duas vezes ao ano, normalmente nos dias 21 de março e 23 de setembro.
A diferença na distribuição dos raios solares entre os dois hemisférios é consequência de uma inclinação de aproximadamente 23°27’ do eixo de rotação da Terra (movimento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo) com relação ao eixo de translação (movimento que a Terra realiza em torno do Sol). Sendo assim, em um período do ano, a luz solar incidirá com maior intensidade sobre um dos hemisférios, alternando em outra parte do ano, conforme o movimento do planeta.
No entanto, em dois dias do ano, a Terra se situa em pontos onde os raios solares incidem perpendicularmente à linha do Equador, proporcionando a mesma distribuição de luz para os dois hemisférios, caracterizando o equinócio. Os dias e as noites têm duração igual (12 horas), visto que o plano da órbita da Terra ao redor do Sol cruza o equador celeste.
Os equinócios definem as mudanças de estações do ano: no dia 21 de março, tem início a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul; no dia 23 de setembro, ocorre o contrário – outono no Hemisfério Norte e primavera no Hemisfério Sul.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma solução para o óleo usado nas frituras dos alimentos


Oi pessoal  
Tudo bem? Adoro postar coisas que acho interessante.
Quero contribuir de alguma forma para melhorar
 a qualidade de vida das pessoas. Não é a toa que criei
esses blogs, vale a pena dar uma olhada:

Mês passado fiquei pensando, o que postar 
 na semana do meio ambiente? Todo ano 
tem semana do meio ambiente, todo dia é
 dia do meio ambiente! Mas  o que podemos 
fazer? Nada???
 A Rio + 20  enfatizou a responsabilidade social, aquela
 responsabilidade que cada um têm para com o meio
 ambiente. Deixar de ficar confortavelmente em nossas 
poltronas, mas partir para  a ação.  Não sei onde li mas,  mas o  fato é que cada um de nós pode sim fazer alguma coisa.
 Enfim, o que li era  que a gente sempre espera fazer grandes  
coisas, mas  as pequenas coisas que fazemos no nosso dia-a-
dia é  que no final vai contribuir para que o mundo seja melhor. 
Eu faço,  você faz, e assim todos acabam fazendo. 
Em uma das postagens divulguei o perigo do óleo de
 cozinha  para o meio ambiente, quando inocentemente 
descartamos no ralo de nossas residências. 
 Por isso hoje, iremos tratar de uma opção ecológica para este resíduo, vamos transformá-lo no sabão ecológico, ou o sabão caseiro . Pesquisei na internet 
http://www.turistamalemolente.com.br/ e estou postando algumas receitas bem fáceis, pra gente reaproveitar o óleo de cozinha. 
Além de proteger o meio ambiente, evitamos a contaminação
 da água e do solo, vamos economizar dinheiro e ter um excelente
 produto que limpa de verdade. 
A primeira coisa que muita gente pensa é “como pode um sabão 
feito de gordura limpar a roupa? Mas o que nem todo mundo sabe
 é que o sabão e até o sabonete são feitos com gordura animal ou
 vegetal. Na verdade, depois que se misturam outros ingredientes 
ocorre uma reação química que transforma a gordura em outra 
coisa, podemos até dizer que ocorre uma “mutação” nas moléculas
 da gordura. No caso dos produtos industrializados, existe o acréscimo
 de uma gigantesca quantidade de produtos, que depois escorrem 
para o ralo e poluem o meio ambiente. Já no caso do sabão ecológico 
ou sabão caseiro, a receita é composta  por três ingredientes principais: 

  1. gordura (vegetal ou animal), 
  2. soda cáustica e
  3.  água. 
Esses são os itens básicos, existem diversas receitas que incluem ingredientes
 variados, como álcool, sal, corantes e aromas, que vão incrementar o nosso sabão. 
Sabão caseiro de garrafa:
Sabão ecológico receita de sabão caseiro 1 Sabão ecológico – receitas de sabão caseiro
  • uma garrafa pet de 2 litros
  • funil
  • 1 litro e 200ml de óleo de cozinha coado
  • 200ml de água
  • 200ml de soda cáustica líquida
Preparo – coloque dentro da garrafa com a ajuda do funil o óleo,
 a água e a soda. Mas lembre-se de que deve ser nesta ordem. 
Caso queira adicionar 20ml de essência, misture a essência na água 
antes de colocar na pet. Tampe bem apertado e agite a garrafa por cerca 
de dez minutos. Deixe descansar por vinte minutos e com muito cuidado 
abra a garrafa, lembrando de manter um distancia do rosto. Vá abrindo 
aos poucos para que ocorra a liberação de gases que se formaram 
dentro da garrafa e não tampe novamente. Deixe descansar por três 
dias, corte a garrafa e depois corte o sabão no tamanho que você quiser.
Sabão caseiro tradicional:
Sabão ecológico receita de sabão caseiro Sabão ecológico – receitas de sabão caseiro
  • 1 litro de água
  • 1 quilo de soda cáustica
  • 5 litros de óleo coado
Preparo – coloque a água e a soda em uma bacia funda
 e mexa por cerca de dez minutos. Acrescente o óleo coado,
 mexendo sempre até que engrosse. Deixe descansar por
 três dias, vire a bacia de cabeça pra baixo, desenforme
 e depois corte nos tamanhos que desejar. Se preferir,
ao invés de deixar descansar na bacia, coloque a mistura
dentro de garrafas pet ou caixinhas de leite. Depois de
três dias é só cortar os pedaços. Essências também
 podem ser misturadas durante o preparo para
garantir um cheirinho gostoso ao sabão.
 Sabão Caseiro em barra (http://tokei.com.br)
 Receita de sabão caseiro em barra muito simples de fazer. 
O sabão feito em casa é ecologicamente correto pelo uso 
de óleo usado de frituras na cozinha, evitando que ele seja 
jogado no ralo. Separe o óleo usado e faça sabão em casa 
e economize dinheiro.
Sabão em barra caseiro
2 litros de óleo usado – coe para retirar as impurezas
800 mililitros de água quente
80 mililitros de amaciante de roupas
400 gramas de soda cáustica
30 ml de essência para sabonete – este é opcional para dar
 um cheiro agradável.
PREPARO: Colocar com cuidado ,a soda no fundo de um balde, em seguida, adicionar a água previamente fervida e  mexer até dissolver a soda. Acrescentar o óleo e mexer lentamente para misturar bem e adicionar o amaciante e a essência. Colocar a mistura em caixas de leites,ou em formas e deixar endurecer por dois dias, depois de endurecida cortar o sabão em barras.
obs: não use utensílios metálicos para preparar o sabão.
IMPORTANTE
Cuidado no manuseio da soda cáustica, pois é um material corrosivo. 
 Utilize luvas e óculos de proteção para evitar qualquer acidente.
 Deixe o sabão em descanso depois de pronto, por alguns dias 
antes de utilizá-lo, para que a soda cáustica se dissolva.


Muito bem bolado, precisamos aderir!!
Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:
Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado. 

Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, mantendo a base para baixo.
Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.
Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.
Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:
]
Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.

Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação. 

Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:
Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!
Que tal?
Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

domingo, 10 de junho de 2012

LIXO ELETRÔNICO

http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/quem_sao_os_responsaveis_pelo_recolhimento_de_produtos_descartaveis

Reciclagem:

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2012/06/10/interna_vidaurbana,378037/recife-tem-pontos-de-coleta-de-lixo-eletronico.shtml 

 Recife tem pontos de coleta de lixo eletrônico: Pilhas, baterias inservíveis, computadores, celulares e outros objetos eletrônicos são considerados lixo eletrônico .

A Prefeitura do Recife é a primeira do Norte e Nordeste a ter uma campanha permanente de coleta de lixo tecnológico. Os primeiros pontos de coleta da cidade foram abertos ontem (09/06/2012) no Shopping Paço Alfândega, no Bairro do Recife, e na Praça da Jaqueira. O secretario municipal de Meio Ambiente, Marcilio Cumaru, o diretor de e políticas ambientais da Seman, Marcio Guerra, o diretor da Pernambuco Verde Reverso, Fernando Faustino, o representante comercial da Gerdau (parceira do projeto) Eduardo Alves, e Francisco Saboya, presidente do Porto Digital visitaram os pontos de coleta. A campanha conta ainda com o apoio da Associação das Indústrias do Curado (Assinc). No Shopping Paço Alfândega a população poderá entregar este material até o dia dezessete (17) próximo, último dia da Semana do Meio Ambiente, na loja da campanha, localizada no térreo. O período de recebimento é de quinta a domingo, a partir das dez (10) horas da manhã, até o fechamento do shopping. Nesse mesmo período, no Paço Alfândega, acontece também uma exposição do artista plástico Jota Souza, que cria interessantes formas de ficção científica a partir de objetos eletrônicos descartados: impressoras, celulares e maquinas de calcular viram espaçonaves, robôs e veículos. No Parque da Jaqueira o posto de coleta é permanente,está num container localizado ao lado da pista de patinação, e funciona de quinta a domingo, a partir das dez da manhã. No Parque da Jaqueira, o diretor de políticas ambientais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Mauricio Guerra, apresentou a campanha de Coleta de Lixo Tecnológico para um grupo de crianças, além de lançar uma cartilha sobre o meio ambiente e o plantio de árvores. Marcio Guerra lembrou que a Prefeitura do Recife está em pleno processo de elaboração de sua política de tratamento de resíduos sólidos e que criar locais de coleta para lixo eletrônico é o primeiro passo para conscientizar a população. “Todo o material recolhido passará por uma triagem, o que puder ser aproveitado poderá voltar a ser usado, o restante do material como plástico e metais dos componentes seguirá para a reciclagem. A nossa expectativa é recolher 350 quilos de eletrônicos por dia”, afirmou Marcilio Guerra. 

domingo, 22 de abril de 2012

Hoje é o dia Mundial da Terra

O dia Mundial da Terra é comemorado no dia 22 de abril. A data surgiu nos Estados Unidos na década de 70, quando o senador Gaylord Nelson,  ativista ambiental, organizou o primeiro protesto nacional para a criação de uma agenda ambiental.  Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente. Mas foi só a partir da década de 90 que a data se internacionalizou, ou seja, outros países também passaram a celebrar a data. 
  • Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicar-los.
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
  • No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.

domingo, 4 de março de 2012

Um oceano de plástico - A sujeira se acumula no Lixão do Pacífico

Entre o litoral da Califórnia e o Havaí, uma área enorme ganhou um triste apelido: "Lixão do Pacífico". Levadas pela corrente marítima, toneladas e toneladas de sujeira, produzidas pelos seres humanos, se acumulam num lugar que já foi um paraíso.

sexta-feira, 2 de março de 2012

AS NOVAS VÍTIMAS DO ALCOOLISMO

Vida Urbana 
Laís Capistrano especial para o Diario urbana.pe@dabr.com.br 
Recife, domingo, 26 de fevereiro de 2012
Mulheres e jovens. Esse é o novo perfil de dependentes que está procurando ajuda nos Alcoólicos Anônimos. 
Um novo perfil de dependentes formado por mulheres e jovens passou a procurar ajuda nos grupos do Alcoólicos Anônimos (AA) no estado. Antes minoria, a presença feminina, em alguns grupos, já chega a ser igual a dos homens. Em geral, as mulheres começam a procurar tratamentos mais tardiamente, devido à não aceitação da doença. Paralelamente, são elas as presas mais fáceis em função de o corpo acumular 11% a menos de água, frente aos homens, o que favorece à dependência mais rápida do álcool. Outro fator preocupante, segundo médicos e especialistas, é a precocidade apresentada pelo novo público. A faixa etária que passou a pedir socorro no AA é de dependentes entre 18 e 25 anos, de ambos os sexos. 
Segundo o médico endocrinologista e metabologista Edinário Lins, o sexo feminino dispõe de menos enzimas para oxigenar o etanol no organismo. “Cerca de 90% das bebidas alcoólicas ingeridas são metabolizadas pelo fígado. Quando há um consumo descontrolado da droga, alguns órgãos são prejudicados e até pode ocasionarar um câncer. Os tipos mais comumente associados ao alcoolismo são os de esôfago, estômago, pâncreas e fígado”. 
 A pré-disposição genética é um ponto importante a ser analisado, no entanto, outros fatores merecem igual atenção. “O contato com o álcool começa, para muitos dependentes, ainda na infância ou início da adolescência, o que proporciona o quadro vicioso tão cedo”, alerta o médico. Em dez anos, 130 novos grupos de apoio surgiram no estado. Hoje, são 450, a maioria na Região Metropolitana do Recife. Esse aumento significativo se dá pela procura crescente dos dois segmentos, segundo a coordenação da instituição em Pernambuco.
A dependência alcoólica ainda é vista sob uma ótica preconceituosa, o que dificulta o processo de recuperação dos dependentes. “Durante o tratamento, muitas vezes a chave para a recuperação do paciente está no apoio familiar. Em alguns casos, o trabalho realizado com família é mais intenso e duradouro do que com o próprio dependente”, explicou a psicóloga especialista em alcoolismo, Francinete Xavier Borba. Ela ressaltou que a displicência paterna, somada ao sentimento de autonomia da ala jovem, potencializam o surgimento da doença. E alcoolismo mata.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o consumo excessivo de álcool é o 3º maior responsável pelas mortes no mundo. Embora não tenha cura, é possível controlar a enfermidade. A psicóloga aponta caminhos. “Para as mulheres, a recuperação é ainda mais dolorosa. Ela necessita do apoio de toda a família”. Em muitos casos, o estímulo para prosseguir no tratamento vem de membros de grupos de apoio, segundo as mulheres. 
“O primeiro passo é evitar o primeiro gole”, aconselha o coordenador do AA no estado, R.J. A maioria dos alcoólicos que procura apoio em grupos diz conseguir resultados mais satisfatórios no combate à doença.Ele ressaltou que a instituição registrou um aumento de quase 300% no número de ligações nos últimos anos. E qualquer pessoa pode ligar para o 3221-3592 ou mandar um e-mail para ctorecifeesl@areapeaa.org.br e saber onde procurar ajuda. O anonimato é garantido. 


Relatos de dramas pessoais 

"A bebida atrapalhava minha profissão" 
"Comecei a perceber que não tinha mais controle sobre a bebida. Saía nos finais de semana com algumas amigas, acabava me envolvendo em confusões e depois não me lembrava de nada.Essa dependência estava me prejudicando no trabalho. Meus colegas e chefe sentiam cheiro de bebida. Me atrasava todas as segundas por causa da ressaca. Sabia que aquilo me fazia mal, só não conseguia dar uma basta. Aos 17 anos, tomei minha primeira dose por influência de umas amigas. Havia me mudado, era novata no prédio. Gradativamente fui ficando resistente ao álcool, queria sempre mais. Bati o carro inúmeras vezes, me envolvi em acidentes muito graves, fiquei hospitalizada, já fui presa por brigar com policiais. Uma vez, conversando com um amigo, falei da situação. O admirava porque ele tinha problemas de alcoolismo e há quase dez anos havia controlado a doença. Foi ele o divisor de águas na minha vida.Esse amigo me convidou para participar de uma reunião do AA no mesmo grupo em que ele frequentava. No encontro descobri que era uma alcoólica. Desde então, já se passaram dois meses e vou a todas as reuniões. Na minha casa, minha mãe sempre se desesperava. Meu pai faleceu de AVC, por causa da bebida, e ela tinha medo que eu seguisse o mesmo caminho. Reconquistei a confiança dela. Estou me recuperando e quero continuar me sentindo assim". 
Diário de: T. Mulher, 26 anos 

"Achei que podia beber pois era jovem"
"Tenho 20 anos e sou um alcoólico. No começo pensei que era uma fase. Procurava justificativas para minhas atitudes jogando a culpa nos meus pais. Desandei nos estudos, meus amigos se afastaram de mim e tive muitos problemas em casa. Hoje sei que sou portador de uma doença. Estava com 13 anos quando comecei a beber em companhia de alguns amigos. Primeiro em algumas festas, depois todo mês e, aos 15 anos, saía das aulas todas às sextas-feiras para ir a barzinhos. Urinava na cama e tinha apagamentos. Minha mãe se desesperava, me aconselhava. Fui morar com meu pai porque ela já não me aguentava mais em casa. Fui detido oito vezes e atropelei uma pessoa, tudo sob o efeito da bebida. Minha família me levou a psiquiatras conceituados, cheguei a ser internado, mas ninguém conseguia diagnosticar a doença. Tomava vários remédios por dia e vivia como um zumbi. Em um momento como este, o que ele mais precisa é do apoio da família. Primeiro tentar conscientizar o jovem de que a bebida está fazendo mal. Depois, mostrá-lo um caminho para a recuperação. Quem conversou comigo sobre a importância de participar dos grupos de apoio foi uma tia, que também é alcoólica. No início não queria me enxergar como um. Há quase três anos, controlei a doença, retomei a faculdade, trabalho, faço exercícios, mergulho e pesco. Reconquistei a confiança da minha família". 
Diário de: V. Homem, 20 anos

"A bebida me deixava promíscua"
"Quando bebia, me transformava em uma pessoa completamente diferente. Fiz coisas que jamais faria sóbria, fiquei com rapazes e depois não me lembrava de nada. A bebida deixa as pessoas mais promíscuas. Tinha apagamentos e quando acordava minhas amigas me diziam o que eu tinha feito. Sempre achava que bebia porque era uma mulher extrovertida e com muitos amigos.Tive muita dificuldade para perceber meu descontrole. Já deixei meus filhos doentes em casa enquanto ia à praia com os amigos.Passávamos a noite inteira tomando cerveja e, de manhã, quando voltava para casa, me sentia muito mal por ter feito tudo aquilo. Minha mãe me comparava com meu pai e irmão, que também apresentavam o problema. O fato de ter pré-disposição genética para a doença me deixava irritada. O meu maior desafio para aceitar que estava doente, consequentemente procurar ajuda, foi o preconceito por ser mulher alcoólica aos 35 anos. Tive três filhos em relacionamentos que não deram certo. Só consegui refazer meus planos de vida quando comecei a frequentar as reuniões em grupo. Ainda preciso de psicanalistas e psiquiatras, mas já consigo visualizar um futuro melhor para meus filhos. Quero cuidar deles, fazer meu mestrado e procurar um emprego.Eu acho que se uma mulher está na dúvida se é alcoólica ou não, isto já é um motivo para procurar um grupo de apoio". 
Diário de: R. Mulher, 38 anos
"Uma mãe nunca abandona o seu filho"
"Eu não reconhecia mais meu filho, afirmou C.L., mãe de um jovem dependente alcoólico, de 20 anos. Aos 18 anos ele procurou ajuda no AA. Tinha começado a beber muito jovem, aos 12 anos, escondido, na casa de amigos. Aos 15 anos já estava dependente. Segundo a mãe do jovem, que hoje cursa administração, o filho sempre foi maravilhoso, mas se transformava em outra pessoa quando estava sob efeito do álcool. "Era difícil ver o meu menino fazendo tantas coisas horríveis. Ele chegou a bater com o carro e a ser detido no trânsito por embriaguez. A mãe conta que sentia-se culpada, até se informar sobre a doença. Ela começou a participar de grupos de apoio à familiares e o convenceu a iniciar um tratamento. Foi uma fase difícil, conversei muito com ele, o alertava sobre a educação que ele recebeu, o futuro que ele estaria colocando a perder se continuasse bebendo e todos os males que aquilo estava lhe causando. Alguns amigos podem se afastar, namorada ou até mesmo esposa, mas a mãe nunca abandona, diz. Para a maioria das famílias a percepção da doença é algo difícil. No entanto, sem o apoio necessário para a recuperação do doente, os tratamentos utilizados podem ser ineficazes. Na minha casa, todos nós evitamos ingerir bebida alcoólica. É um ato de respeito ao meu pai, avô do jovem, que sofre com o problema, mas também uma forma de fortalecê-lo em sua batalha diária", relata,
Diário de uma mãe.
"O alcoolismo não escolhe classe social, cor, profissão, idade e nem sexo" 
As pessoas não desconfiam que uma senhora da minha idade seja uma alcoólica. Durante muitos anos minha família sofreu, principalmente a minha filha. A sociedade entende por alcoólico um homem pobre e doente. Essa ideia é errada. O alcoolismo não escolhe classe social, cor, profissão, idade e nem sexo. É uma doença preconceituosa e por isso não conseguia me ver assim. Sempre fui recatada e tímida, não frequentava bares, só tomava vinho em casa em finais de semana com meu marido. Mas com o tempo, as taças foram aumentando.Certa vez, quando minha filha tinha 15 anos, explodi o fogão de casa, logo depois tive um apagamento. Só procurei ajuda quando vi que estava no meu limite.Um dia eu escutei os conselhos de um irmão, que também é alcoólico.Até então eu sempre me aborrecia com as palavras dele. Caí em mim, entrei no AA. Ainda sinto vontade de beber, mas minhas razões para parar são ainda maiores”. Diário de: M.E. Mulher, 54 anos.
Entrevista: Francinete Xavier Borba  
Quais as razões que levam tantos jovens e mulheres ao alcoolismo?
Os jovens estão bebendo mais cedo. Eles se sentem mais poderosos e desinibidos. Em alguns casos falta limites por parte dos pais, muitos deles confundem liberdade com liberação e permitem que crianças experimentem bebidas alcoólicas. Consequentemente, essa parcela está exposta a ficar dependente mais cedo. Já entre as mulheres, existe a busca pela igualdade entre os sexos. Nesse contexto, elas compreendem que a liberdade passa pela bebida. O álcool pode ser porta de entrada para outras drogas. 

A família pode colaborar?

De modo geral, as mulheres alcoólicas têm um perfil semelhante. Elas são muito inteligentes, sensíveis, e se sentem frustradas por não preencherem um determinado espaço vazio na vida. E por algum motivo elas supervalorizam a bebida. Quando se é jovem, esse fator emocional está fundido com a necessidade de se integrar aos grupos de amigos. Cabe à família da mulher, assim como a do jovem, ressaltar sua autoestima, demonstrar apoio, afeição e acolhimento. 

A falta de informações sobre a doença pode ser a causa para o repúdio das pessoas?

Eu costumo dizer que o alcoolismo é a doença do preconceito, da negação e da hipocrisia. A sociedade repudia, no entanto partilha das mesmas práticas. A doença muda o comportamento das pessoas. Não é raro um dependente ser confundido com um mau caráter. Alcoolismo é uma doença que alcança todas as classes sociais e faixas etárias. Não existe cura, mas o portador pode ser tratado desde cedo.