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Em quem confiar?
As evidências estão aí, para todos verem, não precisa ser especialista!!!! Em todo o mundo as mudanças climáticas estão em evidência, estão em processo, e segundo os especialistas são irreversíveis! O clima está maluco! Esta semana São Paulo nevou como jamais visto! A elevação da temperaturas dos oceanos, tem consequências gravíssimas, e afeta a vida no planeta. Mas o ser humano continua a destruir as florestas e os
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foto: g1.globo.com |
recursos naturais, a produzir e consumir desenfreadamente, a emitir cada vez mais gazes do efeito estufa, a produzir toneladas de lixo diariamente, a poluir o ar, o solo e a água. Segundo este novo alerta do IPCC, Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, são os seres humanos os causadores da elevação das temperaturas na Terra. A ONU pede que sejam tomadas providências para barrar a evolução do aquecimento.
Precisamos mudar! Mudar em Casa, na Rua, no Bairro, na Cidade, no Estado, no País, no Mundo! Não podemos esquecer: esquecer que fazemos parte de uma cadeia que se interliga delicadamente, ter consciência de tudo isso, é tão simples e complexo ao mesmo tempo, que exige muita sabedoria, nada científico, muita sensibilidade! Precisamos de pequenas ações de todos juntos, afinal diz respeito a nossa Casa, ao nosso Chão, ao nosso Lar, a Terra! O texto a seguir é uma reportagem da revista Veja sobre o IPCC, leiam tirem suas conclusões e comecem agora a fazer a sua parte para diminuir o aquecimento global.
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/derretimento-de-geleiras-na-antartida-e-irrefreavel-dizem-cientistas
Os pesquisadores afirmaram que é provável que o derretimento das calotas polares na Antártica ocorra por causa do aquecimento global
provocado pelo homem (emissões de gazes do efeito estufa em grande quantidade) e pelo buraco na camada de ozônio, que mudaram os ventos da Antártida e aqueceram a água que corrói as bases do gelo. Fatores naturais, no entanto, também podem estar entre as causas, acrescentaram os cientistas.
Um novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado neste domingo, afirma que a emissão de gases do efeito estufa cresceu em níveis sem precedentes nos últimos anos. Ainda assim, segundo o texto, é possível limitar o aquecimento global em até 2 graus Celsius até 2100 — desde que a ação dos países seja rápida.
O relatório em números
O IPCC divulgou seu mais novo relatório nesta sexta-feira. Os dados, que passaram por uma revisão mais cuidadosa do que nos textos anteriores, continuam preocupantes
- • A temperatura na Terra subiu 0,85 grau Celsius entre 1880 e 2012.
- • Entre 1951 e 2012, a média de aumento na temperatura foi de 0,12 grau Celsius por década. Os cientistas do IPCC afirmam ter 95% de certeza de que o ser humano é responsável pela maior parte desse aquecimento
- • Desde 1998 o ritmo de aquecimento do planeta caiu para 0,05 grau Celsius por década, mas os pesquisadores afirmam que esse hiato é passageiro.
- • A concentração de dióxido de carbono na atmosfera hoje é 40% maior do que no período anterior à Revolução Industrial, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis.
- • Até o final do século, a temperatura pode subir 4,8 graus Celsius, na pior das hipóteses. No melhor cenário, onde as emissões humanas de dióxido de carbono são reduzidas ao máximo, esse aumento pode ficar em 0,3 grau.
- • O aumento no nível do mar deve ficar entre 26 e 82 centímetros até 2100
- • Os pesquisadores afirmam que é extremamente provável que a cobertura de gelo do ártico continue a diminuir até o final do século. Nos verões, essa cobertura pode perder entre 43% e 94% de sua área.
A revisão do modelo não elimina os riscos do aquecimento global. Está mantida a previsão de uma maior quantidade de eventos extremos, como tempestades, furacões e secas. E os cenários para as cidades litorâneas são ainda piores. O relatório de 2007 não levava em conta o derretimento de geleiras na Groenlândia e na Antártica para calcular o aumento no nível do mar, previsto entre 18 e 59 centímetros. Agora, com os modelos mais completos, o IPCC prevê que o nível dos mares vai aumentar entre 26 e 82 centímetros, o que ameaçaria inúmeras cidades costeiras.
O relatório de trinta páginas divulgado nesta sexta-feira é o produto de um encontro de cientistas e representantes governamentais reunidos em Estocolmo, na Suécia, desde segunda-feira. O texto, que é chamado deSumário para Formuladores de Políticas, é o resumo de um relatório técnico de mais de 2.000 páginas escrito por 900 cientistas reunidos pelo IPCC e deve servir para guiar as políticas públicas dos países signatários. O texto divulgado nesta sexta-feira é apenas a primeira das quatro partes que compõem o relatório completo do IPCC.
Esse é o quinto relatório lançado pelo IPCC desde 1988. “A ciência do clima é muito dinâmica. No decorrer dos anos muitos dados novos são publicados e os modelos climáticos se refinam. Por isso, até o momento, os relatórios tiveram uma periodicidade de cerca de 5 ou 6 anos”, afirma o físico Paulo Artaxo, pesquisador da USP e membro do IPCC, que participou da realização do relatório atual e do anterior. A periodicidade permite que os resultados sejam cada vez mais confiáveis e precisos.
Climategate — O último relatório do IPCC, com suas fortes previsões sobre o aquecimento global, foi muito bem recebido quando lançado, em 2007, o que lhe valeu o Prêmio Nobel da Paz em conjunto com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos — e novo guru ambiental — Al Gore. Nos anos seguintes, algumas falhas grosseiras e um escândalo arranharam sua credibilidade. Uma de suas previsões dizia, por exemplo, que o Himalaia iria perder todo o seu gelo até 2035 — o que se mostrou um enorme exagero, admitido pelo próprio IPCC. Em 2009, um hacker invadiu os e-mails de cientistas envolvidos no painel e divulgou conversas comprometedoras, que indicavam conluios e acertos para ajustar os dados científicos a fim de aumentar a previsão de aquecimento global. Investigações posteriores mostraram que os dados não foram manipulados, mas o estrago estava feito.
Ciência do aquecimento — Segundo os cientistas, a elaboração de um novo relatório não quer dizer que o anterior estava errado ou mal elaborado, mas faz parte do processo científico, que busca sempre confrontar os novos dados com o conhecimento antigo, em busca de maior precisão e certeza. “Conforme temos novos dados, e novos processos são incluídos nos modelos climáticos, os resultados evidentemente também são aprimorados, levando a conclusões mais claras e com maior embasamento científico. Esse é o funcionamento normal da ciência”, afirma Artaxo.
Concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a maior da história
Segundo os cientistas, isso acontece por conta do dióxido de carbono emitido pela atividade humana, que prende na Terra a radiação emitida pelo Sol e aumenta a temperatura.
Infográfico:http://soumaisenem.com.br/geografia/o-meio-ambiente/aquecimento-global
Essa maior exatidão dos modelos atuais está exemplificada nos novos cálculos do IPCC, que aumentam a certeza do envolvimento humano no aquecimento global registrado entre os anos de 1951 e 2010 (o aumento de 90% pra 95% representa, na linguagem dos cientistas, uma mudança de “muito provável” para “extremamente provável”). Uma maior certeza dessa relação tem óbvias implicações políticas. “Ao afirmar que o homem é responsável pelas mudanças do clima, o relatório abre caminho para a implementação global de políticas públicas de redução da queima de combustíveis fósseis”, diz o físico.
Hiato – A principal controvérsia do relatório, no entanto, deve ser mesmo o hiato constatado no aquecimento global. Segundo o texto de 2007, a Terra vinha passando por um aquecimento linear nos últimos 50 anos, aumentando 0,13 grau Celsius por década. Os cientistas, no entanto, haviam falhado em perceber que, desde 1998, essa tendência havia sido interrompida — o que serviu de forte munição para os críticos do IPCC.
Hoje, o painel reconhece o hiato, afirmando que entre 1998 e 2012 o aquecimento global caiu para apenas 0,05 grau Celsius por década. No entanto, os cientistas preveem que a taxa deve voltar a subir nos próximos anos. Segundo eles, hiatos de dez ou quinze anos nas mudanças climáticas são comuns, e o que deve ser levado em conta para traçar tendências devem ser períodos mais longos de tempo.
Para explicar as causas da estagnação da temperatura global, os pesquisadores citam uma série de razões, como erupções vulcânicas (que bloqueiam a radiação solar) e períodos de baixa intensidade no ciclo do Sol. Segundo a explicação mais aceita pelo IPCC, a Terra está, sim, ficando mais quente, mas o calor adicional está sendo absorvido por determinadas regiões do planeta, não pela atmosfera. “Os mecanismos por trás dessa redução no aquecimento foram identificados: a maior absorção de calor pelas águas profundas (localizadas abaixo de 700 metros) e a maior frequência de fenômenos como o La Niña, que causam uma maior transferência de calor da atmosfera para os oceanos”, diz Artaxo.
Em um dos estudos, a agência espacial americana analisou 40 anos de dados de solo, aviões e de satélite sobre o que os pesquisadores chamam de "o ponto fraco da Antártida Ocidental" que mostram que o colapso das geleiras da região está sendo provocado pela água morna do oceano que se infiltra por baixo da camada de gelo, acelerando o seu derretimento. "Parece estar acontecendo rapidamente", disse o glaciologista da Universidade de Washington Ian Joughin, autor de um dos levantamentos.
'Reação em cadeia' – Outro cientista envolvido nas pesquisas classificou o processo como "irrefreável" e explicou que nenhuma ação humana ou mudança climática poderá deter o derretimento, embora ele possa ser reduzido. "O sistema está em uma espécie de reação em cadeia que é irrefreável", disse o glaciologista da Nasa Eric Rignot, principal autor de um dos estudos. "Cada processo nesta reação está alimentando o próximo." Seg
O relatório final será apresentado em outubro de 2014 deve guiar a redação de um acordo, que será proposto pela ONU em 2015, para que os países se comprometam a conter as emissões de gases de efeito estufa. O crescimento acelerado da indústria na China, em especial, contribuiu para os que os níveis de emissão global atingissem recordes nos últimos anos. Segundo a ONU, para reduzir as emissões, é preciso diminuir a produção e consumo de energia e de transportes, além de desacelerar a construção civil, o ritmo industrial e o desmatamento.
Infográfico:revistaescola.abril.com.br
Caso as medidas propostas não sejam adotadas, a temperatura global poderá aumentar em 3,7 graus Celsius e 4,8 graus Celsius até 2100, algo catastrófico, segundo os cientistas. Isso poderia levar a mais ondas de calor, enchentes, secas e à elevação do nível do mar em diversas partes do mundo. "Uma mitigação ambiciosa pode até exigir a remoção de dióxido de carbono da atmosfera", disse o IPCC. Atrasos em medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030 forçariam um uso muito maior dessas tecnologias.